quinta-feira, 29 de maio de 2008

RACISMO: SE VOCÊ NÃO FALA, QUEM VAI FALAR?

Campanha cultural do Portal IG, sobre os 120 anos da Abolição da Escravatura.
Visite e mostre (escrevendo) sua posição/opinião.
http://120cartas.ig.com.br/wp/?p=1

Abaixo, a postagem de Maria Antonia.
  • Uma história sobre racismo

Isso aconteceu num vôo da British Airways entre Johannesburgo e Londres.
Uma senhora branca, de uns cinqüenta anos, senta-se ao lado de um negro.
Visivelmente perturbada, ela chama a aeromoça: Qual é o problema, senhora? Pergunta a aeromoça: Mas você não está vendo? Responde senhora.
Você me colocou do lado de um negro. Eu não consigo ficar do lado destes nojentos.
Me dê outro assento.
Por favor, acalme-se.
Diz a aeromoça.
Quase todos os lugares deste vôo estão tomados.
Vou ver se há algum lugar disponível.
A aeromoça se afasta e volta alguns minutos depois.
Minha senhora, como eu suspeitava, não há nenhum lugar vago na classe econômica.
Eu conversei com o comandante e ele me confirmou que
não há mais lugar na executiva.
Entretanto ainda temos um assento na primeira classe.
Antes que a senhora pudesse fazer qualquer comentário, a aeromoça continuou:
É totalmente inusitado a companhia conceder um assento
de primeira classe a alguém da classe econômica, mas, dadas as circunstâncias, o comandante considerou que seria escandaloso alguém ser obrigado a sentar-se ao lado de pessoa tão execrável.
E dirigindo-se ao negro, a aeromoça complementa:
Portanto, senhor, se for de sua vontade, pegue seus pertences que o assento da primeira classe está à sua
espera.
E todos os passageiros ao redor que, chocados, acompanhavam a cena, levantaram-se e bateram palmas.

Essa história real é muito interessante para se refletir sobre o comportamento de racismo, a grande incoerência de atitudes preconceituosas com os seres humanos de cor diferente da sua. Faço votos que essa história ajude as pessoas que têm preconceito de cor a mudarem seu comportamento, olhando todas as pessoas como seres humanos que merecem respeito e consideração, independentemente da cor, da religião, da cultura ou classe social.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Fala Marisco: MÍDIA E ALCOOLISMO.

O blog I Said Goddamn! iniciou um interessante debate sob o título "Mídia e Alcoolismo", onde mídia, publicidade, censura, liberdade, informação, são as vedetes.
http://andisaidgoddamn.blogspot.com/2008/05/mdia-e-alcoolismo_21.html
O Marisco postou um comentário no blog. Visite o blog, analise e entre neste debate. O tema é muito oportuno e o momento é este.

Comentário: Sou contra qualquer tipo de censura. É por isso que sou cético em relação à grande mídia. Incoerência? Creio que não. Cada um quer vender o seu peixe e fazer acreditar aquilo que defende. Agora, coloque milhões e milhões de reais (dólares, euros, etc...) na história e pense no enredo.
Por acaso alguém acha que não passar filmes pornôs na TV aberta é restrição à liberdade de escolha ou ao direito de informação/formação?
Minha opinião: é censura. Claro que é censura. Auto censura, censura positiva... seja lá o nome que tenha, é censura. Portanto, viva o cinema brasileiro e Brasileirinhas na Sessão da Tarde!
Será isso mesmo?
No Brasil, nenhum processo contra a indústria do tabaco foi vitorioso, em função de um argumento de defesa bastante simples: o fumante sabia exatamente o que poderia lhe acontecer.
De novo, será isso mesmo?
Hoje é mole afirmar que o fumante sabe exatamente o que pode lhe acontecer. Mas, há vinte anos ou mais, quando esportistas, vendendo saúde, surgiam na tela fumando e buscando o convencimento
daqueles que os assistiam?
Quem está morrendo hoje, não começou a fumar ontem. Começou há mais de vinte anos.
Com relação às conseqüências da ingestão de bebidas alcoólicas: se ficarem restritas exclusivamente ao consumidor, que se mate pelo álcool. Mas, não é bem assim. Existem conseqüências indiretas, como à família, por exemplo. Se algum crime (trânsito ou qualquer forma de violência) for cometido, a lei é o bastante. Desde que seja aplicada. No caso dos crimes de trânsito, não é. Fica tudo por isso mesmo. Tornar a lei mais dura e não cumpri-la, de que adianta?
Portanto, contra a grandiosa ofensiva publicitária da indústria de bebidas, outra grandiosa ofensiva publicitária, demonstrando todo o mal do álcool. Inclusive nos rótulos. Por que a indústria pode censurar essa informação?
Informação, conscientização e aplicação das leis, bastam.

sábado, 17 de maio de 2008

Fala Marisco: MARINA JÁ FOI TARDE

Marina
Dorival Caymmi

Marina, morena
Marina, você se pintou
Marina, você faça tudo
Mas faça um favor
Não pinte esse rosto que eu gosto
Que eu gosto e que é só meu
Marina, você já é bonita
Com o que deus lhe deu
Me aborreci, me zanguei
Já não posso falar
E quando eu me zango, marina
Não sei perdoar
Eu já desculpei muita coisa
Você não arranjava outra igual
Desculpe, marina, morena
Mas eu tô de mal

_______________

Marina guerreira.
Como boa cabocla da floresta amazônica, Marina Silva pintou o rosto para a guerra e foi à luta. O presidente Lula, plagiando a belíssima canção de Caymmi e achando que Marina era sua e que ela, Marina, devia-lhe alguma coisa, fez beicinho e ficou de mal.
A guerreira, ex-ministra Marina Silva, desembarcou do governo e já foi tarde. Tarde para ela, que foi desprestigiada, desconsiderada, desrespeitada pelo governo, mas tudo aturou. Permaneceu fiel e leal ao presidente Lula até o limite do possível. Só não podia ser infiel e desleal com sua consciência. Por isso "pediu p'rá sair". No entanto, ao contrário do que essa máxima leva crer, saiu de forma honrada, de cabeça erguida e ainda mais engrandecida.
Não saiu atirando, não cuspiu no prato que comeu, manteve a postura altiva, combatente e correta.
Guerreira Marina.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

AINDA, RONALDO E OS TRAVESTIS

É desagradável ter que continuar abordando um assunto que deveria ser exclusivamente particular. Mas, é inaceitável o que estão fazendo com Ronaldo. A mídia, para ganhar dinheiro, faz e desfaz alguém, transforma quem em ninguém. O jornalista Ancelmo Gois, por exemplo, caricaturou Ronaldo e transformou o travesti em Geni. Como já escrevi aqui, a Geni do caso é Ronaldo, posto que a mídia (vamos vender jornal, revista, espaço publicitário...) escrachou o jogador, jogou pedra, bosta e o que mais tinha à mão. É interessante, neste momento, lembrar as inúmeras vezes que a grande mídia apostou em posturas claramente homofóbicas. Mas isso, para ela, pouco importa. Como pouco importa o assunto. Importa, sim, a abordagem que fará para elevar ou destruir reputações.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Fala Marisco: RONALDO, A GENI DA VEZ

De Fenômeno a Geni, num piscar de olhos. Joga pedra no Ronaldo, joga bosta no Ronaldo... A mídia não tem mais o que fazer?

quinta-feira, 1 de maio de 2008

RONALDO E OS TRAVESTIS

Não é nenhum grupo de pop rock e nem é brincadeira. O epísódio serviu de mote para um comentário grosseiro e preconceituoso de Arnaldo Jabour. Na base de fazer graça, o que o comentarista conseguiu foi escancarar sua face retrógrada e reacionária. Este blog, por norma, não adentra em questões pessoais. Portanto, a lembrança do epísódio é apenas para o Marisco demonstrar sua indignação com posições preconceituosas, principalmente quando expostas na grande mídia, como fossem verdades absolutas e padrões gerais da sociedade.