Da série ESTAÇÃO HISTÓRIA, do site "Conexão Política", de Franklin Martins.
(Em: http://www.franklinmartins.com.br)
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Diante da resistência oferecida pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, ao golpe contra a posse de João Goulart, o Ministério da Guerra dá ordens peremptórias ao III Exército, sediado no Sul, para sufocar o movimento. Mas o general Machado Lopes prefere ficar ao lado da Constituição e soma-se à resistência, que começa a ganhar corpo em todo o Brasil. E ordena às tropas sob o seu comando que avancem na direção do Sudeste do país. Nas principais cidades, o povo sai às ruas. Em outros estados, como Goiás e Paraná, os governadores defendem a legalidade. A guerra civil parece inevitável.
“1) O General Orlando Geisel transmite ao General Machado Lopes, Comandante do III Exército, a seguinte ordem do Ministro da Guerra:
O III Exército deve compelir imediatamente o Sr. Leonel Brizola a pôr termo à ação subversiva que vem desenvolvendo e que se traduz pelo deslocamento e concentração de tropas e outras medidas que competem exclusivamente às Forças Armadas.
O Governador colocou-se, assim, fora da legalidade. O Comandante do III Exército atue com a máxima energia e presteza.
2) Faça convergir sobre Porto Alegre toda tropa do Rio Grande do Sul que julgar conveniente, inclusive a 5a DI, se necessário.
3) Empregue a Aeronáutica, realizando inclusive o bombardeio, se necessário.
4) Está a caminho do Rio Grande do Sul uma força-tarefa da Marinha.
5) Qual o reforço de tropa de que necessita?
6) Aqui há um boato de que o General Muricy viria ao Rio. O Ministro da Guerra não quer acreditar nessa notícia e julga que o momento não é mais para parlamentar, mas requer ação firme e imediata.
7) O Ministro da Guerra confia em que a tropa do III Exército cumprirá seu dever.”
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