É preciso rememorar o passado para entender o presente. Quanto a atual epidemia de dengue no Rio de Janeiro, vale lembrar que, na realidade, ela foi sendo formada e se robustecendo ao longo dos anos. É claro que o desleixo e o descaso mantidos durante os oito anos de governo César Maia na prefeitura, contribuiram para a presente situação. No entanto, é preciso relembrar a atuação do atual governador de São Paulo, e, então, ministro da saúde, José Serra, que em 1999, durante uma crise de dengue no Rio de Janeiro, demitiu os agentes de saúde (os famosos mata-mosquitos). Pouco se importou o Sr. José Serra com a situação do Rio.
Aliás, quando foi que esse cidadão se importou com o Rio de Janeiro? Não se pode esquecer que foi por iniciativa do Sr. José Serra, que o Congresso Nacional aprovou a inversão de cobrança do ICMS sobre petróleo. Ou seja, enquanto todos os produtos são taxados na origem, gerando recursos aos estados produtores, no caso do petróleo a taxação é feita no destino. Com isso, o Estado do Rio de Janeiro, maior produtor de petróleo do Brasil, fica “chupando o dedo”, enquanto São Paulo, o maior consumidor, deleita-se com os recursos que deveriam ser do povo Fluminense. O Sr. José Serra não só tomou a iniciativa da inversão, como lutou de forma ferrenha por ela. Claro que houve um imenso despreparo e relaxamento por parte dos parlamentares fluminenses, que deixaram passar tamanho absurdo, sem qualquer resistência. Contudo, esse fato demonstra o quanto o Sr. José Serra despreza o Rio de Janeiro e seu povo.
Voltando à dengue. O então ministro da saúde, endeusado pela mídia, demitiu os mata-mosquitos do Rio (só do Rio? Por que?), e desde então os surtos só vêm se agravando, crescendo, atingindo, neste início de ano, proporções calamitosas, de uma epidemia que parece estar sem controle.
A prefeitura do Rio nega definitivamente haver epidemia. Contudo, o secretário municipal de saúde, Jacob Kligerman afirmou à imprensa:
"Cerca de 53% das pessoas internadas são crianças. Sem o esforço de todo mundo, não há cidade no mundo que consiga dar conta de uma epidemia desta natureza. Não adianta jogar a culpa nas autoridades. Faço um apelo à toda a população para que ajude os entes públicos a conter essa situação". (Fonte: G1)
Pressionado pelos repórteres, Kligerman gaguejou e tentou se retratar, dizendo que o “surto” deve ser tratado como se fosse uma epidemia. Aí ficam algumas possibilidades: ou mentem, afirmando não ser epidemia o que de fato é, ou são totalmente incompetentes, ou, o pior de tudo, sabiam que a situação chegaria a isso e deixaram.
A caixa de maldades de alguns políticos contra o povo fluminense, e carioca em especial, parece estar sempre aberta. Até quando vamos assistir e sofrer sem qualquer reação. Até o governador Sérgio Cabral resolveu tirar uma casquinha e apareceu na mídia “aplicando” frascos de soro aos pacientes. Essa figura, com certeza, sequer sabe a diferença entre uma solução salina de outra glicosada. Mas, para aparecer na TV, posando de bom moço, vale tudo.
Portanto, olho vivo e muita atenção. É ano de eleição e eles estão todos superexcitados. Todos têm seu candidato e fazem de tudo para aparecer, mesmo que seja as custas do sofrimento popular.
CHEGA! CHEGA! CHEGA!
Berra Marisco!!!
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