sábado, 1 de novembro de 2008

UM POUCO DA POESIA DE TAIGUARA

Como en Guernica
(Taiguara)


Ay, Hermano
Qué hasta que el día ese llegue
Yo no descanse y no duerma
Sin haber hecho muchas canciones

Ay, Hermana
Qué hasta que el día ese llegue
Tu no te canses, no mueras
Sin callar todas las represiones

Madre y abuela Vasconia
Vieja Vasconia en tus siglos
Arden los cuerpos de aquellos
Que abren mis ojos para mi pueblo

Madre y abuela Vasconia
Mi pueblo mezcla mil mares
Mi nombre indígena es rojo
Mi lengua es blanca, mi canto es negro

Madre y abuela Vasconia
Somos de América el sueño
Niños, caminos sin crimes
Pero sin dueños, y sin arreglos...

Madre y abuela Vasconia
Como en Guernica, tu árbol
Que acá no muera el motivo
Se abren los labios, aún que con miedo

2 comentários:

Val Du disse...

Que linda!

Até mais.

Unknown disse...

Belíssima, necessária e atual.

Dentro do mesmo espírito, envio um trecho do Ariano Suassuna, em Romance da Pedra do Reino :

Daqui de cima, no pavimento superior, pela janela gradeada da Cadeia onde estou preso, vejo os arredores da nossa indomável Vila sertaneja. O Sol treme na vista, reluzindo nas pedras mais próximas. Da terra agreste, espinhenta e pedregosa, batida pelo sol esbraseado, parece desprender-se um sopro ardente, que tanto pode ser o arquejo de gerações e gerações de gangaceiros, de rudes beatos e profetas, assassinados durante anos e anos entre essas pedras selvagens, como pode ser a respiração dessa fera estranha, a Terra - esta onça parda em cujo dorso habita a raça piolhosa dos homens. Pode ser, também, a respiração fogosa dessa outra fera, a Divindidade, onça-malhada que é dona da parda, e que, há milênios, acicata a nossa raça, puxando-a para o alto, para o Reino e para o SOL.